“Diga-me e eu esqueço. Ensina-me e eu me lembro. Envolva-me e eu aprendo.” Benjamin Franklin

Não é novidade que nossas atitudes e ações falam mais alto do que nossas palavras. A conhecida frase de Ralph W Emerson, que diz: “o que você faz fala tão alto, que não consigo ouvir o que você diz”, é muito verdadeira.

Nossa vida e nossas escolhas falam. Assim como nossos gestos e olhares falam. Enfim, o que comunicamos não está associado unicamente às palavras. Comunicar está associado com partilhar, tornar-se parte de algo e tornar comum. Quando nos dispomos a comunicar alguma verdade ela precisa ser resultado de quem somos.

Existem muitas vozes atualmente buscando espaço e competindo no mundo virtual e físico. A humanidade carece de heróis, de referências e modelos. No entanto, alguns apontam na direção de um caminho que deve ser evitado, já que seu fim é trágico. Os grandes mitos e exemplos da humanidade foram pessoas que superaram desafios e aprenderam com eles.

Diga-me e esqueço

Aprendemos de forma intuitiva desde pequenos. Quando estamos rodeados de bons exemplos e de equilíbrio, absorvemos facilmente estas características. São elas que solidificam-se ao longo dos anos e nos tornam pessoas seguras. Quando isso acontece, nossa identidade é clara e nosso senso de propósito é aguçado.

No entanto, absorvemos também tudo que é negativo e destrutivo do que nos cerca. Nossa família e o meio em que vivemos pode ser um ambiente tóxico, que nos aleija e macula. Por isso, substituir estes ensinos por lições que nos levem para nosso destino não é tarefa simples e imediata.

Desaprender, reaprender e se permitir moldar é uma chave importante e eficaz que nos aproxima do alvo. O grande segredo é alimentar nossa mente com informações que cheguem até nós no formato de relacionamentos. Cercar-se de pessoas que ensinem o caminho com seu exemplo é decisivo. É também um atalho que evita a ignorância.

Pessoas que ensinam

O maior legado que deixamos é o que aprendemos. O material é destruído com o tempo, mas o conteúdo intelectual é eterno. Tudo que foi aprendido incorpora-se a quem somos. Por isso, são os relacionamentos que nos dão oportunidade de repartir esse aprendizado.

Não precisamos ser professores para ensinar. Os verdadeiros mestres ensinam com suas vidas, sem palavras. Todos os que amam o conhecimento, admiram e gostam da companhia de pessoas que são referência em sua área de atuação. É a vida de cada um a principal fonte de aprendizado.

Perseguir este conhecimento nos enriquece e completa. Porém, engana-se quem pensa que os livros são capazes de conter a totalidade deste conteúdo. Às vezes, as lições mais preciosas estão escritas na vida de pessoas que estão próximas. Pessoas que nem sempre alardeiam o que carregam, o que, de fato, torna o conhecimento ainda mais valioso.

“E, se alguém cuida saber alguma coisa, ainda não sabe como convém saber.” 1 Coríntios 8:2

Comprando a verdade

“Compra a verdade, e não a vendas; e também a sabedoria, a instrução e o entendimento.” Provérbios 23:23

Comprar a verdade significa pagar um preço para adquirir sabedoria. Muitos concordam em pagar um preço pelo conhecimento adquirido nas universidades. Mas, sabem muito pouco sobre adquirir sabedoria. Porém, sem sabedoria, não saberemos aplicar o conhecimento adquirido.

O verdadeiro aprendizado acontece regado por envolvimento. Sem relacionamentos nosso conhecimento não pode ser aplicado. Os relacionamentos testam o conhecimento, já que são eles que oportunizam praticá-lo.

Uma lição ensinada desacompanhada do exemplo é vazia de significado. No entanto, as lições que possuem poder de nos transformar são aquelas que vemos incorporadas na vida do outro. O que grita em nossa direção é o que está solidificado, não o discurso bem elaborado e eloquente.

A fotossíntese do aprendizado

A fotossíntese do aprendizado é permitir que o conhecimento seja transformado em aprendizado. O canal desse processo são as relações humanas. Os que desejam adquirir sabedoria, terão que abraçar a vulnerabilidade. Pois, é ela que lapida e incorpora o aprendizado em nossa corrente sanguínea.

Por isso, a decisão de ser um canal de aprendizado inclui mais do que repartir conteúdo. No final de nossa jornada o que prevalece é a marca que deixamos e que outros deixaram em nós. Nenhum conhecimento que não foi testado pode ser considerado aprendizado. Em geral os que se matriculam nesta escola, são alunos que descobriram que aprendem quando são envolvidos e se deixam envolver.