O natal é uma celebração que deixa alguns deprimidos e desconfortáveis. Igualmente, existem pessoas que tentam fugir do consumismo e escolhem não comemorar a data por razões ideológicas. No entanto, outros engajam-se na estação e organizam-se para receber familiares, trocar presentes e rever amigos.
Embora os sentimentos sejam antagônicos, tanto os que se deprimem, quanto os que celebram, deveriam entender o que está por trás da data. O verdadeiro sentido do natal deveria ser conhecido entre os que celebram e entre os que deixam de celebrar.
O velhinho bonachão vestido de vermelho, carregado de presentes é um personagem que transmite parte do significado da data, mas não a totalidade. A representação que visa associar a figura de papai noel com Deus pode ser adequada em alguns aspectos, mas com certeza é uma imagem nublada e distorcida do Criador.
O nascimento de Jesus, que é celebrado por cristãos e ateus de formas variadas, foi se esvaziando de significado. Não é o formato da festa, ou a ausência dela que definem seu valor. Por isso, o momento de reflexão, troca de presentes deve nos conduzir ao real significado do que aconteceu naquela manjedoura.
Natal na manjedoura
O fato de Jesus ter nascido em uma manjedoura, sem ostentação, sem holofotes, revela muito a respeito de Seu caráter e missão. O Deus-homem encarnado dividiu a contagem do tempo em antes e depois de Seu nascimento. Cabe a pergunta: Como alguém tão simples influenciou tanto?
O natal celebra o nascimento de um Rei, Senhor e Deus que entra no mundo sem alarde. Os poucos pastores e os reis que vieram do Oriente foram estrategicamente avisados, mas não representavam os maiorais de sua era. Ele assume a forma humana para revelar o interesse de Deus de mudar nossa história.
Aquele Deus que para muitos ainda é distante, sisudo, rígido, impessoal e quem sabe até injusto, envia a nós o que tem de mais precioso, Seu Filho. O bebê na manjedoura é frágil como qualquer outro que tenha nascido antes dele. Por isso, precisa ser cuidado, ensinado e protegido.
As coisas fracas confundem as fortes
A fragilidade desta cena revela muito do coração do Pai e do Filho. O Pai se inclina para o homem novamente e revela o caminho de volta. O Filho segue uma trajetória anônima, contundente e polêmica. Estudiosos, doutores e a elite de sua época, não o reconheceram. Ele continuava sendo encontrado pelo aflito e por todo que fosse honesto e necessitado.
Seu reino não foi estabelecido e fundamentado em qualquer relacionamento político. Embora tenha transitado com naturalidade entre cobradores de impostos, prostitutas e doutores da lei, nunca se deixou influenciar pelo poder humano. Seus olhos estavam no Pai, enquanto rumava para a cruz. Já que Ele sempre soube que esse seria Seu destino.
“Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;” 1 Coríntios 1:27
A simplicidade é uma chave
Nosso existência só tem sentido quando descobrimos nossa origem. O significado de nossa vida não baseia-se em conquistas materiais, intelectuais ou de qualquer espécie. O verdadeiro sentido da vida está no encontro com o Criador. Ele tem o manual do fabricante que nos decifra. Somente nEle encontramos as respostas que buscamos.
Abrimos este manual quando nos encontramos com Jesus. O natal é a celebração do nascimento do Deus-homem que se inclina para o desesperado e contrito, mas que também celebra com os que estão alegres. O natal é uma festa de todos. Ela pode ou não ser celebrada, mas seu significado continuará ecoando ao longo das gerações.
A manjedoura e a cruz não são símbolos atrativos à primeira vista. Diferentemente de papai noel, os dois símbolos escondem beleza. Os presentes estão na manjedoura e na cruz, mas eles estão ocultos. Na encarnação Ele se inclina, na morte e ressurreição nos devolve o acesso. Esses são os dois maiores presentes que podemos ganhar.
Celebre este natal do seu jeito. Deixe de celebrar se preferir, mas jamais ignore o significado da data. O bebê da manjedoura nasceu para que você tivesse vida. O nascimento, morte e ressurreição dEle atinge a todos. É impossível ignorar esta realidade, já que ela exige um posicionamento, como bem disse C S Lewis:
“O cristianismo, se for falso, não tem importância alguma; se for verdadeiro, tem infinita importância. A única coisa que ele não pode ser é de moderada importância”.