conforto do conhecido

Todos nós gostamos de conforto. Não me refiro apenas a comer em um bom restaurante, ter uma boa casa ou carro. Refiro-me ao conforto daquilo que dominamos, daquilo que conhecemos. Circunstâncias previsíveis e controláveis nos atraem.

Alguns mais do que outros, gostam do desconhecido, da inspiração de perseguir o novo. Mas, poucos realmente optam voluntariamente por abandonar sua zona de conforto. Adicionamos facilmente alguma adrenalina ao nosso cotidiano, desde que ela não nos tire o sono.

Gostamos de ter o controle. Aquele tipo de controle que garante nossa segurança. Não apostamos todas as fichas, pois se o fizermos, poderá representar nossa ruína. Os exageros ou fanatismos não nos definem, porque afinal, temos que ter equilíbrio.

Apenas seres humanos

Essa característica dos seres humanos não é de todo ruim. Não é negativa em sua essência. Pode ser inclusive um instinto de preservação em alguns momentos. É legítima na maioria dos casos.

Porém, ela nos rouba de um lugar de descoberta. Esse desejo instintivo de permanecer em zonas de conforto, subtrai nossa capacidade de ousar. Como sabiamente alerta C. S. Lewis, é o nosso ir que faz o caminho:

“ (Eu) Pensava que nós seguíamos caminhos já feitos, mas parece que não os há. O nosso ir faz o caminho.” C.S. Lewis

A escolha do caminho

Os que se moldam aos caminhos feitos, privam-se de descobrir novos caminhos. As grandes descobertas da humanidade aconteceram diante de momentos desafiadores que apontavam para rotas desconhecidas.

Aventurar-se na vida não é sinônimo de despreparo ou negligência. A vida é uma aventura, e todos os que temem o desconhecido desperdiçam oportunidades valiosas.

Jesus quando convidou 12 homens iletrados a seguí-lo, não achou necessário advertí-los ou situá-los. Eles estavam andando ao lado do Filho de Deus, e participavam de um momento da história que dividiria a contagem do tempo em a.C e d.C.

Os que não escolhem conforto

Foi assim naqueles dias. Continua sendo assim atualmente. Temos que escolher ser protagonistas de nossa história. Quando seguimos os passos dAquele que criou a história, temos garantia de estar seguindo na direção certa.

“…Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me; Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.” Mt. 16.24,25

Todos os que ousam seguir por caminhos desconhecidos em Sua companhia, não desperdiçam suas vidas.