Que a pressa é inimiga da perfeição todos sabemos. Mas, o que a gente não se dá conta, é que diariamente lidamos com situações que impõe urgência. Não devemos permitir que o urgente assuma o lugar do que é importante.
“Uma das grandes desvantagens de termos pressa é o tempo que nos faz perder.”
G. K. Chesterton
A velocidade imposta pela mídia digital e pelos meios de comunicação de forma geral, nos encurrala. Ou cedemos à pressão imposta, ou nos isolamos por completo de qualquer interação.
O equilíbrio desta equação deve ser perseguido, visto que qualquer exagero não nos é benéfico. A total alienação não é garantia de quietude e ajuste. Assim como o envolvimento constante com a mídia, não é sinônimo de atualização.
Nosso grande desafio é harmonizar a velocidade, com a sobriedade de decisões sábias e projetos sólidos. O verdadeiro barulho que deve ser silenciado é o de nosso interior. Quando não alimentamos nosso interior com urgências, ele tende a silenciar.
O ser humano não é multitarefa como pensa. Temos necessidade do descanso do sono, e nosso organismo possui limites que precisam ser respeitados. A quietude interior é pré-requisito para uma vida equilibrada.
Nunca antes se falou tanto em depressão, síndrome do pânico e outras doenças comuns em nossa geração. Crianças em idade escolar têm sido diagnosticadas com a mais variada gama de doenças relacionadas ao stress.
É um stress adquirido. Adquirido de pais, professores, amigos e familiares que correm atordoados a sua volta. O exemplo que eles observam, dita a norma de conduta que adotam e estabelece seu padrão.
Não conseguimos repartir o que não possuímos. Temos que corrigir nossa rota para ajudá-los a corrigirem a delas. Assim como a máscara de oxigênio deve ser posta primeiro em nós, no caso de alguma turbulência no avião, igualmente a solução é estarmos seguros, para poder auxiliar outros.
Jesus não tinha pressa
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.”
Mt. 11. 28-30
Quando Jesus nos convida a trocar nosso fardo pelo dEle, é disso que está falando. O fardo leve dEle não inclui a pressa. Nada é tão urgente assim que Ele não possa reverter ou solucionar.
Jesus não se atrasa para nenhuma circunstância. A certeza de que Ele nos acompanha em nossa jornada, adiciona tranquilidade ao nosso cotidiano. Não nascemos atrasados, e por mais que desejemos, a pressa não é garantia de que chegaremos antes.
Descansemos hoje na verdade que nascemos para viver um dia de cada vez. Escolher trocar nosso fardo pelo dEle é sábio. Nossa estrutura emocional é frágil para lidar com o acúmulo de pressão a que nos expomos diariamente.
Opte por dividir a “responsabilidade” das escolhas com Aquele que conhece o fim antes do começo. Ele tem meios de nos conduzir por esta jornada livres de ansiedade. Estamos correndo uma maratona, nossas energias precisam ser dosadas. A certeza de que terminaremos o percurso depende disso.
“Existe um caminho que vai dos olhos ao coração sem passar pelo intelecto.”