“E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto.” Gênesis 1.31
A origem do homem, segundo a ótica cristã, aponta para um Deus criador, que tem prazer em Sua criação. Pressupõe também que o Criador espera e almeja ter comunhão com a criatura.
A partir desta premissa a vida e os relacionamentos assumem nuances peculiares. Na criação, o convite ao relacionamento é estabelecido. Igualmente, fica claro que se Deus viu beleza em sua criação, Ele espera que nós a encontremos em nossas vidas.
O que é bom?
Achar algo bom é identificar-se com suas características e natureza. Em nossa gênese isso foi estabelecido, embora muitas vezes não seja percebido adequadamente. Buscamos este lugar instintivamente. Tateamos perseguindo o que é bom.
Temos oportunidade de explorar essa verdade em nosso cotidiano, mas raramente o fazemos. A busca da satisfação e do prazer no que fazemos deveria ser a bússola que norteia nossas escolhas. Não me refiro ao prazer desconectado de doses de desafio e da necessidade de superação. Refiro-me ao prazer e a satisfação que encontramos, quando nos envolvemos com o que fomos criados para fazer.
O que fazemos depende de quem somos
“Ninguém faz bem o que faz contra a vontade, mesmo que seja bom no que faz.” Santo Agostinho
O encaixe de cada um de nós nessa engrenagem gigantesca, que é o mundo, depende disso. Saber fazer não basta. Temos que fazer aquilo que nos desafia a crescer, a ser melhores. Influenciar os que estão à nossa volta é consequência inevitável de estarmos no lugar correto.
Todos nós temos um lugar específico a ocupar. O sentido de nossa vida está intimamente ligado a essa descoberta. Quando entendemos que Deus nos deu capacidade criativa e espera que a usemos, somos capazes de identificar beleza no que nos rodeia.
Fotografar a vida com estas lentes, registrando os momentos simples sob esta ótica é imprescindível. Nosso olhar precisa capturar o que Deus classificou como bom. Quando analisamos nossas circunstâncias e nossa vida, o que encontramos de bom? Existe gratidão e consciência do quanto de bom existe em nós?
As perguntas da vida
Precisamos refletir nestas perguntas e ajustar nosso foco. Comece com pequenas coisas. Busque sentido em seu dia, naquilo com o que você se ocupa. A maneira como usamos nosso tempo diz muito a nosso respeito.
Descubra o bom a sua volta e celebre as pequenas conquistas diárias. Sua vida tem valor, especialmente quando você fizer o que foi criado para fazer.